Trabalhar tornou-se um desafio na capital financeira de Itália, país europeu mais afetado pelo surto do coronavírus.
Trabalhar tornou-se um desafio na capital financeira de Itália, país europeu mais afetado pelo surto do coronavírus.
A empresa onde trabalha o consultor de Tecnologias de Informação, Tiziano Perchinunno, pediu-lhe para trabalhar à distância, de forma a evitar potenciais infeções no local de trabalho. "Na passada sexta-feira recebi um e-mail a descrever novas medidas para conter o vírus. O principal pedido era para fazer uma semana de teletrabalho. Enquanto não estamos no escritório, a empresa tem estado a desinfetar as instalações e foi-nos pedido para vigiarmos a nossa saúde e para comunicarmos se houver alterações", conta o consultor.
Para já, Tiziano Perchinunno não se mostra incomodado por estar a trabalhar à distância. Pelo contrário: "Dá-nos a possibilidade de conjugar o trabalho com alguns compromissos pessoais, tornando as coisas muito mais fáceis".
Mas nem todos os que trabalham em Milão podem fazê-lo à distância. É o caso de quem está ligado à bolsa de Milão. No escritório da Integrae Sim, no centro da cidade, os traders não podem sair do local de trabalho. "Não podemos forçar os funcionários a virem trabalhar. Portanto, tentamos todas as maneiras possíveis para continuarmos. Se a situação piorar, decidiremos sair do mercado, diz o responsável da empresa, Antonio Tognoli.
Os centros comerciais vão continuar fechados durante o fim de semana. Os outros estabelecimentos comerciais podem abrir, mas correm riscos...
Por ordem das autoridades, os bares e restaurantes estão fechados entre as 18 horas e as 6h.
No bairro chinês da cidade, as lojas e restaurantes, que normalmente estão cheios de clientes, já fecharam por tempo indeterminado.