UE anuncia apoio de 700 milhões de euros para a resolução desta tensão, "para evitar crise igual à de 2015"
No início da manhã desta sexta-feira, a polícia grega entrou em confronto com os migrantes que se deslocaram até à fronteira de Kastanies, no norte da Grécia, zona fronteiriça com a Turquia.
Depois de uma noite - passada por muitos ao relento - aparentemente tranquila, os migrantes terão forçado a entrada em território grego. Milhares continuam concentrados 'à porta' da União Europeia, de saída da Turquia, prontos para seguir caminho dentro do bloco europeu. A Turquia abriu as fronteiras, a Grécia reforçou-as com barreiras e policiamento.
A União Europeia anunciou intervir nesta crise e critica a postura da Turquia em não cumprir o acordo assinado pelas duas entidades há quatro anos. A Turquia diz que a União Europeia também não cumpriu a sua parte do acordo.
O essencial para Bruxelas, agora, é evitar uma crise igual à de 2015.
O Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, disse aos jornalistas que a Turquia "deu a entende que as fronteiras da União Europeia estavam abertas", e que, perante esta crise, tem de se respeitar os direitos humanos dos migrantes "sem esquecer de que as fronteiras não podem ser violadas, à força.".
Bruxelas intervém para evitar nova crise
A União Europeia decidiu intervir na crise que está a acontecer na fronteira entre a Grécia e a Turquia. Bruxelas vai destacar 160 especialistas no âmbito do Gabinete Europeu de Apoio para intervir na área de asilo. Além disso, a Presidente da Comissão Europeia, Von der Leyen, adiantou que vão ser fornecidos 700 milhões de euros, sendo que 350 milhões serão tranferidos imediatamente, para ajudar a combater esta crise.