Centros urbanos portugueses esvaziam-se após declaração de estado de emergência, numa altura em que se aproxima a barreira de 800 casos confirmados.
É, em circunstâncias normais, uma das zonas mais movimentadas de Lisboa. Mas não quando acabou de ser declarado o estado de emergência. Um Cais do Sodré irreconhecível tem por detrás um agravamento do contexto em Portugal.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) dava conta, esta quinta-feira, de 785 casos confirmados, quase 4800 suspeitos e três vítimas mortais . Os balanços sucedem-se, mas para muitos o confinamento não é uma opção.
"Trabalho nos Correios, não fecham. Sou empregada de limpeza, tenho de vir todos os dias. O carteiro já lá está. A vida é assim", contava-nos uma transeunte.
"Viemos à procura daquilo ritmo de vida português e espanhol: bares e restaurantes, tudo cheio. Mas, neste momento, não há nada. Fomos à Praça do Comércio: está vazia", dizia-nos um turista alemão.
Até agora apenas 3 pessoas em Portugal recuperaram totalmente da Covid-19, segundo os dados oficiais. A DGS sublinha a evolução lenta da doença, sendo que a alta é dada após dois testes negativos em 15 dias.