São várias as cerimónias religiosas públicas na Nicarágua, onde não há medidas de prevenção e o paradeiro do presidente se tornou numa incógnita.
A Igreja Católica na Nicarágua tentou impedir que acontecesse. Mas foram vários os ritos pascais a organizarem-se espontaneamente por habitantes que não veem o presidente Daniel Ortega pronunciar-se há várias semanas, em plena crise sanitária global.
Em Masatepe, um homem explicava-nos que, "apesar de a Igreja ter cancelado todas as atividades religiosas, a tradição não se pode perder, e tem de prosseguir como nos anos anteriores".
São vários os organismos internacionais de defesa dos direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch, a alertar para o que se passa na Nicarágua, onde não foram implementadas restrições, nem medidas de prevenção.
O único mecanismo profilático é a quarentena voluntária para os que vêm de fora. Continua a haver concertos, competições desportivas, exposições. As escolas permanecem abertas.
Luis Armando Sandoval, professor, diz-nos que "cada um tem de tratar de si, porque o comandante do barco desapareceu. As pessoas precisam de um comandante, precisam de um governo".
O governo, que garante não haver qualquer evidência de transmissão comunitária, anunciou o oitavo caso confirmado de infeção de novo coronavírus no país, salientando que o contágio não aconteceu a nível local, mas diz sim respeito a um homem de 64 anos que esteve em contacto uma pessoa que veio recentemente do estrangeiro. Regista-se oficialmente um morto.