Macedónia do Norte reforça combate à contrainformação

Macedónia do Norte reforça combate à contrainformação
Direitos de autor Boris Grdanoski/AP
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Em tempo de pandemia, aumentaram as denúncias de narrativa anti-União Europeia.

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A 27 de março a Macedónia do Norte tornou-se no 30º Estado-membro da NATO. Um acontecimento histórico que representou a realização de um objetivo estratégico de longa data e que teve ampla cobertura mediática.

Depressa passou para segundo plano entre alegações de que a população estava mais preocupada com a tecnologia 5G, vista como imposta pela NATO e como um transmissor da Covid-19.

A informação passou por inúmeros portais online e grupos do Facebook tornando-se numa das notícias mas lidas. Subitamente, a NATO e a tecnologia 5G tornaram-se no epicentro de uma conspiração entre os problemas do país.

O projeto F2H2 monitoriza o fenómeno das notícias falsas a que a sociedade está exposta.

"A Macedónia do Norte está na linha da frente da guerra da informação. Durante a pandemia da Covid-19 vimos narrativas anti-União Europeia a favor da China e da Rússia e contra os esforços europeus. A mais recente campanha de desinformação grave foi conduzida durante o período em que a Macedónia do Norte estava em conversações de adesão à União Europeia. O pico da campanha de desinformação aconteceu a 27 de março, quando o país se tornou um Estado-membro da NATO", explicou à Euronews Rosana Aleksovska, do projeto F2N2.

O processo de integração da Macedónia do Norte nas estruturas euro-atlânticas tem sido alvo de manipulações deste tipo. O governo pensa por isso colocar as capacidades da NATO ao serviço da defesa contra esta ameaça híbrida, como sublinhou o ministro da Sociedade da Informação, Damjan Mancevski: "Usámos este tipo de mecanismos durante todo o processo de adesão à NATO porque quando a Macedónia do Norte se estava a tornar oficialmente um Estado-membro registaram-se várias campanhas anti-NATO, incluindo a campanha anti-5G e notícias falsas que pretendiam agitar a opinião pública."

Estas formas de ameaça estão presentes em vários estados dos Balcãs. Montenegro, por exemplo, já pediu à NATO ajuda para fazer frente às forças de destabilização.

"Montenegro e a região em geral estão expostos a ameaças híbridas e à desinformação. É por isso que a comunicação estratégica eficiente e efetiva é um fator-chave para suprimir esses dois cenários. É por isso que a NATO, juntamente com o principal aliado, a União Europeia, tem de ser mais visível na coordenação dessas mensagens-chave para o Balcãs Ocidentais", referiu a embaixadora de Montenegro junto da Macedónia do Norte, Marija Petrovic.

Borjan Jovanovski, Euronews - Fica claro que a crise da pandemia de Covid-19 é mais uma oportunidade para campanhas organizadas espalharem notícias falsas com narrativas anti-União Europeia que estão permanentemente presentes na região apenas com o objetivo de desacreditar os processos de integração europeia.

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