Europa ensaia primeiros passos com vista ao regresso à normalidade
Os efeitos da pandemia continuam a multiplicar-se.
Desta feita foi a Rússia que registou o maior aumento de novas infeções num só dia.
As autoridades anunciaram cerca de 125 mil novos casos e mais de 1 200 mortes.
Os números contudo poderão ser muito mais altos pois nem todas as pessoas são testadas.
O presidente da câmara de Moscovo anunciou esta semana estar a considerar utilizar complexos desportivos e centros comerciais para criar hospitais temporários para lidar com os números crescentes de doentes.
Os casos de infeção não pouparam os membros do governo. Tanto o primeiro-ministro como o ministro das obras públicas anunciaram terem contraído o vírus.
Entretanto, em Itália, a população de Vo'Euganeo está a ser testada pela terceira vez no âmbito de um estudo sobre o vírus da pandemia.
Foi nesta localidade que se registou o primeiro caso mortal de Covid-19 no dia 21 de fevereiro.
A primeira vítima mortal levou ao início da quarentena naquela localidade que antecedeu em cerca de três semanas os confinamentos regionais e nacionais.
Mas o país já está a planear o regresso à normalidade. A partir de 4 de maio as pessoas já poderão visitar familiares. Os parques, fábricas e zonas de construção serão igualmente reabertos.
Mesmo assim, segundo o comissário especial para a Covid-19, a batalha está longe de estar ganha.
"Vou recorrer a uma metáfora do futebol, a segunda metade desta partida vai começar e ninguém sabe quanto tempo vai durar ou como terminará. Não podemos esquecer os sacrifícios que fizémos na primeira metade", afirmou Domenico Arcuri.
Na Áustria, lojas e serviços iniciam o regresso à normalidade.
Desde a Páscoa que lojas pequenas com uma área inferior a 400 metros quadrados foram autorizadas a reabrir.
A partir deste sábado, outras lojas de maiores dimensões foram igualmente autorizadas a retomar as atividades.
Outros serviços como cabeleireiros e massagistas tiveram luz verde para reabrir. No entanto, as regras de distanciamento social mantêm-se em vigor, embora reduzidas para metade, e o uso de máscara continua a ser obrigatório . Para alguns contudo, trata-se de algo prematuro.
"Eu fui muito disciplinada e levei tudo isto muito a sério mas ao ver o que se passa hoje é como nos tempos antes do vírus. Estão demasiadas pessoas nas ruas, foram tomadas medidas mas é um exagero e demasiado cedo. Temos que rezar para isto não voltar no outono", afirmou uma cidadã austríaca que optou pelo anonimato.