Governo brasileiro recorre de suspensão de nomeação na polícia federal

Jair Bolsonaro
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De  Euronews com Lusa
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Caso está no meio da polémica entre Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, tendo resultado na demissão do agora ex-ministro da Justiça.

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A suspensão da nomeação do delegado Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal - o caso no epicentro da guerra entre o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro - foi alvo de um pedido de recurso por parte do governo. 

O executivo brasileiro apresentou ao juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes um pedido de reconsideração sobre a suspensão, de acordo com as informações da Advocacia Geral da União (AGU), segundo informações publicadas hoje pelo jornal Folha de S.Paulo.

A AGU, órgão que representa o Governo brasileiro em ações na justiça, defendeu a indicação de Ramagem, alegando que não há quaisquer provas de que Jair Bolsonaro escolheu o delegado para ocupar o cargo com o objetivo de obter informações sobre investigações.

Ramagem e Bolsonaro foram citados em denúncias realizadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que declarou publicamente que o Presidente brasileiro demitiu o antigo chefe da Polícia Federal Maurício Valeixo para interferir politicamente em investigações realizadas pela corporação.

Após ter lançado estas acusações contra Bolsonaro no final do mês de abril, Moro anunciou que iria remeter ao Presidente a sua carta de demissão.

A suspeita levantada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública alega que o chefe de Estado tentou interferir na Polícia Federal para obter informações sobre investigações em inquéritos que envolvem os seus filhos e aliados próximos.

Depois das declarações de Moro, o juiz do STF aceitou um pedido do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e suspendeu a nomeação de Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

A indicação foi revogada e o Governo brasileiro já escolheu e deu posse a Rolando de Souza, delegado da Polícia Federal que é apontado como uma pessoa de confiança de Ramagem, para ocupar o cargo de diretor-geral da corporação.

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