Os receios de contágio pela Covid-19 levaram as autoridades a proibir comemorações públicas do Eid
Termina o Ramadão, mas com a Covid-19, tudo indica que para grande parte dos muçulmanos a grande festa do fim do jejum, o Eid, vai ser passada em casa.
Nos últimos dias, houve alguns países que reabriram as mesquitas para as orações, como foi o caso da Palestina. Em Portugal, as mesquitas continuam de portas fechadas. As reuniões em locais de culto só são autorizadas no próximo fim-de-semana. A situação é semelhante no Reino Unido.
Zara Mohammed, sub-secretária-geral do Conselho Muçulmano britânico, explica que "as mesquitas têm estado fechadas", inacessíveis aos praticantes. Conta que as orações "são feitas em casa e as qubras de jejum ao anoitecer são partilhadas em videochamadas com a família e amigos espalhados pelo país e pelo mundo." Zara diz ainda que foi reforçado o apoio social, com a distribuição de refeições "para os mais carenciados e para os que não têm família".
Na Nigéria a polícia religiosa tem marcado presença nas mesquitas para garantir o uso de máscara e desifectante para as mãos. O governo de Abuja prolongou o confinamento para prevenir ajuntamentos.
No Sudão e Koweit foi decretado recolher obrigatório de 24 horas para impedir festas na rua no fim do jejum.
O Iraque também decretou um recolher obrigatório que só ter mina quinta-feira. Tal como Arábia Saudita que celebra o fim do Ramadão em confinamento, com um recolher obrigatório imposto até 27 de maio. Menos dois dias do que o Egipto, onde as autoridades proibiram também viagens internas e suspenderam os serviços de transportes públicos até à próxima sexta-feira. Também foi proibida a oração coletiva do primeiro dia do Eid, que será transmitida na televisão e na rádio para que os fiéis possam acompanhá-la a partir de suas casas- uma decisão de Al Azhar, a instituição de referência do islão sunita com sede no Cairo.