O primeiro-ministro britânico aceitou a justificação de que Dominic Cummings precisou de deixar o filho à guarda dos avós.
Boris Johnson defendeu o conselheiro Dominic Cummings, debaixo de fogo por parte da oposição por ter ido no final de março a casa dos pais, no norte de Inglaterra, numa altura em que todo o Reino Unido estava sob medidas de confinamento e ele próprio apresentava sintomas de infeção por coronavírus. Cummings justificou-se dizendo que precisou de deixar o filho ao cuidado dos avós, o que Johnson compreendeu.
Para o primeiro-ministro britânico, não há razão para incriminar Cummings, pois fez tudo dentro da lei e tinha uma justificação válida: Conversei muito com ele e percebi que viajou porque precisava que alguém de confiança tomasse conta do filho, porque tanto ele como a mulher estavam incapacitados pelo coronavírus e não tinham alternativa. Foram feitas várias alegações falsas a respeito dele. O que fez foi seguir os mesmos instintos que qualquer outro pai e não o posso censurar por isso. Agiu dentro da lei e de forma responsável", disse Johnson.
Dominic Cummings é o conselheiro-chefe de Boris Johnson e foi o principal arquiteto da campanha pró-Brexit. Um braço direito que Johnson continua a defender a todo o custo, enquanto a oposição e parte dos conservadores querem a cabeça dele, com o argumento de que fez algo que estava vedado à generalidade da população britânica.