Berlim mostra como se "arrumam" estátuas polémicas

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Direitos de autor Gregor Fischer/AP
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De  Teresa Bizarro com AFP
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A Cidadela de Spandau pode servir de exemplo para contextualizar obras retiradas do espaço público por representarem pessoas ou ideias que não estão em conformidade com os dias de hoje

JOHN MACDOUGALL/AFP
Parte das 96 estátuas comissionadas por Guilherme II da AlemanhaJOHN MACDOUGALL/AFP
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Estão arrumadas numa sala da Cidadela de Spandau, em Berlim, as polémicas estátuas que Guilherme II, Rei da Prússia e último Imperador da Alemanha, mandou erguer na chamada Avenida da Vitória. As representações de distintos prussianos ainda fizeram parte da narrativa nazi, mas as que sobreviveram às duas guerras dos século passado estiveram escondidas até há bem pouco tempo.

O Museu de História de Spandau guarda muitas representações polémicas. A diretora considera que os alemães estão uns passos à frente na forma de lidar com o passado negro. Berlim é um exemplo disso, cheia de sinais do periodo nazi e da ditadura soviética. Mas Urte Evert admite que falta saber lidar com as representações do colonialismo - uma polémica já antiga nos Estados Unidos, Reino Unido ou França.

O objetivo deste museu em Berlim é enquadrar as obras, sobretudo do ponto de vista histórico. Seja o "Decatlo", traçado a pedido de Hitler para os jogos olímpicos de 1936, ou a cabeça de Lenine, que era central na praça que levava o nome do antigo líder soviético e que hoje se chama Praça das Nações Unidas.

A figura "Negra de Cócoras", já tinha também como destino a Cidadela. Nos últimos anos foi alvo de vários atos de vandalismo e as autoridades decidiram retirá-la do espaço público, considerando-a racista. Esta semana voltou a ser vandalizada. Foi decapitada e a cabeça está em parte incerta.

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