Covid-19 leva a redução nos horários de trabalho

Covid-19 leva a redução nos horários de trabalho
Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De  Nara Madeira com AP, AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Organização Internacional do Trabalho diz no que 2º trimestre de 2020 houve uma redução de 14% nas horas de trabalho, o equivalente a 400 milhões de empregos perdidos, devido à Covid-19.

PUBLICIDADE

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho o número de horas de trabalho perdidas, em todo o mundo, no primeiro semestre de 2020, terá sido significativamente maior do que o previsto inicialmente.

O organismo estima que, devido à pandemia de Covid-19, se perderam 14 por cento de horas de trabalho, no segundo trimestre de 2020, o que equivale a 400 milhões de empregos, contratos sem termo, e baseando-se numa semana com 48 horas trabalhadas. Os dados constam do mais recente relatório da organização, apresentado esta terça-feira,

Os dados apresentados no final de maio apontavam para menos 10,7% de horas trabalhadas, ou seja 305 milhões de empregos, contratos sem termo, perdidos.

Já no cenário de referência, para o 4º trimestre, que pressupõe uma recuperação da atividade económica de acordo com as previsões atuais, antevê-se uma redução de 4,9% nas horas, o que corresponde a 140 milhões de empregos perdidos. Num cenário mais pessimista, o de uma segunda vaga da pandemia, pode chegar-se aos 11,9 %, com 340 milhões de postos de trabalho perdidos.

São as mulheres as mais atingidas, como explica o diretor-geral da organização, por serem a principal força de trabalho dos "setores mais tocados pela pandemia""Elas estão muito representadas no trabalho doméstico, nos setores da saúde e assistência social de primeira linha e esse fardo de cuidados não remunerados, sempre prerrogativa das mulheres, foi intensificado pela pandemia. Portanto, corremos o risco de perder os ganhos, ainda que modestos, em termos de igualdade de género que registamos nos últimos anos", alerta o responsável pelo organismo.

A recuperação na segunda metade do ano, altamente incerta e mesmo no melhor cenário, não chegará para regressar aos níveis pré-pandemia. Corre-se ainda o risco de uma perda constante de empregos e em larga escala.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

OIT pinta quadro negro da situação laboral no mundo

UE adota programa SURE contra desemprego

Desemprego dispara na Alemanha e Espanha