Em Elvas com Badajoz à vista: Portugal e Espanha reabrem fronteiras

Chefes de Estado e de governo de Portugal e Espanha em Elvas
Chefes de Estado e de governo de Portugal e Espanha em Elvas Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
De  Teresa Bizarro com Lusa, AP
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Os chefes de Estado e de governo dos dois países quiseram marcar o fim de 3 meses e meio de segurança reforçada na linha que divide os dois países devido à Covid-19

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Portugal e Espanha estão, de novo, sem controlo das fronteiras. Os chefes de Estado e de governo quiseram fixar o momento em que a livre circulação de pessoas voltou a ser possível na Península Ibérica. Durante 114 dias, só razões de força maior permitiram a travessia, devido à Covid-19.

O primeiro-ministro português lembra que é preciso não baixar a guarda. "Por muita vontade que tenhamos de abrir fronteiras, sabemos que a abertura das fronteiras tem de ser feita tendo em conta quais são as condições sanitárias que existem. E hoje aquilo que é fundamental é todos estarmos conscientes de que os portugueses que forem a Espanha têm de cumprir em Espanha as regras e as normas de sanidade que existem em Espanha, e os espanhóis que venham a Portugal são muito bem-vindos e têm de cumprir em Portugal as normas sanitárias que nós temos em Portugal", avisou António Costa.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, manifestou "imensa felicidade" pela reabertura da fronteira com Portugal, desejando que esta situação não se repita “como consequência de uma pandemia”.

Nas declarações aos jornalistas, em Elvas, no final das cerimónias oficiais para assinalar a reabertura da fronteira entre os dois países, o chefe do governo espanhol agradeceu também ao primeiro-ministro português, António Costa, que se encontrava ao seu lado. "Durante as semanas mais duras da pandemia que vivemos em Espanha, contei com o apoio, carinho e incentivo do primeiro-ministro português. E, em momentos em que as coisas estão a correr bem, agradece-se e muito" essa "relação cordial", afirmou.

Sánchez quis esclarecer que "todos os critérios que estiveram na base das decisões dentro da União Europeia foram estritamente epidemiológicos. Nada a ver com diplomacia".

Além dos dois chefes de governo, as cerimónias desta quarta-feira contaram com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do rei de Espanha, Felipe VI, mas estes já não comparecerem no ponto escolhido para as declarações aos jornalistas.

As fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha estavam fechadas desde 16 de março.

Nesta altura, Espanha regista 50 focos de contágio ativos. Portugal tem 19 freguesias de novo confinadas, na região da grande Lisboa - a área que concentra as maiores preocupações das autoridades portuguesas de Saúde.

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