Mais de 8.000 muçulmanos bósnios assassinados após entrada dos sérvios na cidade. Este foi o pior massacre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Há 25 anos, durante dez dias as forças do exército bósnio da Sérvia invadiram a cidade bósnia de Srebrenica. Mais de 8.000 homens e rapazes muçulmanos bósnios pereceram ali - naquele que é descrito como o pior massacre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
Srebrenica destinava-se a ser uma "zona segura" da Organização das Nações Unidas para os civis que fugiam dos combates entre o governo bósnio e as forças separatistas sérvias, durante o desmembramento da Jugoslávia.
No entanto, isso não impediu que as forças do comandante militar Ratko Mladic atacassem a cidade que sitiaram durante anos.
Enquanto avançavam, a maioria da população muçulmana da cidade correu para o complexo vizinho da ONU, na esperança de que as forças holandesas de manutenção da paz os protegessem. Em menor número e com menos armas, as forças de manutenção da paz assistiram impotentes à execução de homens e rapazes e ao envio de mulheres e raparigas para território pertencente ao Governo bósnio.
Os corpos das vítimas foram lançados, à pressa, em valas comuns, que mais tarde foram reabertas e os cadáveres enterrados em outros locais, com o objetivo de esconder as provas do crime.
Hoje em dia, são ainda encontrados restos mortais das vítimas. Depois a analisado o ADN, são devolvidos aos familiares que sobreviveram.
Em 2017, o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, da ONU, condenou o líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic e Ratko Mladic a prisão perpétua por genocídio. Um termo que as autoridades sérvias e sérvio-bósnias se recusam a usar...
Mladić - que ficou conhecido como o "Carniceiro dos Balcãs" - recorreu da sentença.
Estima-se que mais de 1.000 pessoas continuam desaparecidas, muitas terão perecido nos massacres durante a guerra civil bósnia.
Até hoje, foram recuperados os restos mortais de cerca de 6600 vítimas.