Emoção na homenagem aos mortos de Srebrenica

25 anos depois, o Memorial do Massacre de Srebrenica, em Potočari, foi o centro de todas as homenagens aos mais de 8 mil bósnios muçulmanos mortos às mãos do exercito sérvio.
Um momento para reavivar memórias dos 14 dias mais sangrentos da guerra dos balcãs. Munira Subasic, presidente da associação das Mães de Srebrenica, quis dirigir-se aos "criminosos que cometeram o genocídio" e prometeu-lhes que "vão continuar a procurá-los e nunca vão desistir". Emocionada, garante "É o nosso direito e a nossa obrigação".
As restrições impostas pela Covid-19 limitaram as presenças no memorial
Os líderes internacionais enviaram mensagens por vídeo. Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, diz que "Srebrenica é ainda uma ferida aberta na Europa". Lembra que há "mães que nunca mais puderam deitar os filhos; famílias que não regressaram a casa; Sobreviventes que continuam a ter pesadelos." Uma dor, diz Von der Leyen, que "só pode tentar imaginar".
António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, lembrou que há 25 anos "as Nações Unidas e a Comunidade Internacional falharam à gente de Srebrenica" e afirma que "confrontar esse passado é um passo vital para reabilitar a confiança".
Mais de 8 mil bósnios muçulmanos morreram entre 11 e 25 de julho de 1995. Este sábado novas campas foram acrescentadas em Potočari - pertencem a 9 vítimas cujos restos mortais foram recentemente identificados.