Tratado Europeu combate a violência contra as mulheres. O ministro polaco da Justiça, Zbigniew Ziobro, justificou dizendo que o documento era nocivo pois contém elementos de natureza ideológica.
A Polónia quer retirar-se da Convenção de Istambul, um tratado europeu para prevenir a violência contra as mulheres.
O Governo anunciou que vai iniciar formalmente o processo de retirada.
O ministro polaco da Justiça, Zbigniew Ziobro, justificou dizendo que o documento era nocivo pois contém elementos de natureza ideológica.
"Esse elemento ideológico está ligado ao imperativo de mudar a educação nas escolas e fora dos programas escolares, em termos de aprendizagem, atitudes, convicções da jovem geração de estudantes polacos para adotar, na opinião do Governo, o falso pressuposto de que o sexo biológico é um arcaísmo, e de facto tudo se resume ao género sociocultural".
A notícia já tinha sido avançada na semana passada, o que levou a que milhares de pessoas se manifestassem, na sexta-feira, nas ruas de Varsóvia, em protesto, gritando ""Fim à violência contra as mulheres".
O Partido da Lei e da Justiça, do presidente Andrzej Duda, reeleito no início do mês, tem promovido uma agenda ultra conservadora. Durante a campanha, Duda classificou a promoção dos direitos LGBT como uma ideologia mais destrutiva do que o comunismo.