Governo apertou com as medidas depois de se tornar mediático caso de uma mulher infetada que foi ao supermercado e aos correios
Na Áustria, as pessoas positivas para covid-19 que não cumpram a quarentena são detidas e arriscam penas de prisão.
O governo austríaco decidiu apertar com as medidas depois de vir a público um caso de uma mulher de 49 anos, infetada, que saiu de casa. Foi a um supermercado, levantou dinheiro e foi aos correios. O caso tornou-se pioneiro na discussão.
O Tribunal regional de Klagenfurt condenou a mulher a seis meses de pena suspensa e a pagar uma multa de 800 euros. A mulher, natural da Bósnia, justificou a violação da quarentena com uma emergência familiar. Disse que teve que enviar dinheiro para a filha doente.
À Euronews, o juiz explica a decisão. "Ela, como transportadora da Covid-19, foi responsável por colocar as pessoas em perigo", explica Christian Liebhauser-Karl.
Segundo os investigadores, existe um maior risco de infecção em ambientes fechados. Perante uma carga viral, o risco é, também ele, mais elevado. A decisão do juiz passa por alertar para isso mesmo.
"O aspeto preventivo geral é essencial, ou seja, dissuadir outros de cometer crimes semelhantes", concluiu.
Estão a decorrer vários processos criminais por violação de quarentena, na Áustria. Todos eles envolvem multas, algumas, ultrapassam os 800 euros.