Covid-19: Espanha regista 2700 novos casos de infeções todos os dias

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A Espanha regista o maior crescimento do número de infeções, mas o vírus espalha-se também na Bélgica, Países Baixos, Dinamarca, entre outros países

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Aranda do Douro, na região de Burgos, província de Castela e Leão, está, a partir de hoje, de quarentena. Ninguém pode entrar ou sair do município de 33 mil habitantes a não ser por razões de trabalho ou de saúde.

A cidade registou 230 novos casos de infeção nas últimas 24 horas. O delegado regional do governo de Castela e Leão, Roberto Saiz, diz que "a maioria dos surtos surge em contexto familiar, em encontros de famílias ou amigos".

O Ministério da Saúde espanhol nega que o país esteja a enfrentar uma segunda vaga de infeções por coronavírus, apesar do número crescente de casos. Na última semana, a Espanha registou uma média de 2770 novos casos por dia, na semana anterior a média tinha aumentado de 1460 para 1913 casos diários.

As áreas mais atingidas são a Catalunha, com mais de 5100 casos diagnosticados na semana passada, e a vizinha Aragão, com 4100 casos.

Com as novas restrições, os comerciantes veem os negócios arruinar-se. Uma proprietária de butique queixa-se de perder todo o negócio do mês de agosto, que costuma ser bom com os turistas.

À medida que novas regiões do país vão decretando restrição, há novos países a excluírem a Espanha dos respetivos corredores de viagem. A Áustria anunciou na quinta-feira que iria emitir um aviso de viagem para a Espanha continental; a Suíça já tinha dito na quarta-feira que acrescentaria a Espanha continental à sua lista de países considerados como tendo aumentado o risco de transmissão COVID-19 e exigindo assim que os viajantes de lá fossem submetidos a uma quarentena; a Alemanha acrescentou na semana passada três regiões do norte de Espanha à sua lista de destinos de alto risco, enquanto a França e a Grã-Bretanha também tomaram medidas para limitar as viagens a partir do país.

Bélgica

Na Bélgica a situação agrava-se a cada dia, obrigando a medidas mais restritivas, particularmente na cidade de Antuérpia, onde foi imposto um recolher obrigatório entre as 23.30 h e as 6 da manhã. A cidade acumula metade dos novos casos de infeções no país e é desaconselhada aos turistas.

O governo britânico já retirou a Bélgica, Andorra e as Bahamas da sua lista de corredores de viagem, o que significa que os viajantes provenientes destes países terão de passar obrigatoriamente por uma quarentena de 14 dias à chegada ao Reino Unido, a partir deste sábado. Londres diz que os casos de infeções quadruplicaram na Bélgica desde meados de julho.

Países Baixos

Nos Países Baixos, o vírus também volta a ganhar terreno - com mais de 600 casos na últimas 24 horas - mas o governo também recusa falar de uma segunda vaga.

O primeiro-ministro realizou uma conferência de imprensa para falar da pandemia - a primeira desde junho. Mark Rutte afirmou: "Não é uma segunda vaga, ainda não é assim tão mau, mas é preocupante e o que temos de evitar é que se descontrole, que se torne, de facto, uma segunda vaga. Só o podemos fazer se nos mantivermos fiéis às regras".

O governo impôs o uso de máscara nas zonas movimentadas das cidades, incluindo o red light district e as zonas comerciais e pede aos turistas que evitem essas zonas. Os infratores arriscam uma multa de 95 euros.

Foi também uma quarentena obrigatória para os viajantes provenientes de países considerados de risco. Espera-se que as autoridades sanitárias tenham instalações de teste de coronavírus a funcionar no aeroporto Schiphol, em Amesterdão, até ao final da próxima semana. Os testes não serão, no entanto, obrigatórios.

Dinamarca

Na Dinamarca há um surto preocupante na cidade de Aarhus, com mais de cem casos de infeções, uma grande percentagem entre a comunidade de minoria somali.

Para além de uma campanha de informação dirigida à minoria somali, o município de Aarhus decidiu restabelecer restrições de visita nas instalações de cuidados a idosos e projetos de habitação social. Isto significa que todas as visitas devem ser feitas no exterior, e todas as pessoas devem passar por testes.

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