Confirmada reeleição de Lukashenko

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De  Ricardo Figueira
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Cresce a contestação ao homem que dirige dos destinos da Bielorrússia há 26 anos - tanto externa como interna, da esquerda à direita.

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Sem surpresas, Alexander Lukashenko foi confirmado vencedor das eleições presidenciais na Bielorrússia. Confirma-se a vitória que a televisão estatal bielorrussa tinha anunciado ainda antes do fecho das urnas.

O homem que dirigiu o país ao longo dos últimos 26 anos continua à frente da antiga república soviética e recebeu já os parabéns de dois dos principais aliados, o presidente russo Vladimir Putin e o chinês Xi Jinping.

Antes dos resultados, Lukashenko lançou ataques à oposição. Disse: "Se vão contra o nosso país, se querem mergulhar o país no caos e na instabilidade, terão uma resposta imediata da minha parte".

Os resultados oficiais, agora anunciados, dão a Lukashenko uma vitória com 80% dos votos. A principal candidata da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, teve segundo estes mesmos resultados, pouco menos de 10%. Um número que contesta. Segundo ela, as eleições foram fraudulentas.

Tikhanovskaya avançou depois da prisão do marido, também ele opositor de Lukashenko e candidato a estas eleições.

Durante o dia das eleições, o aumento da força foi visível. As ruas de Minsk foram patrulhadas por veículos militares e zonas inteiras da cidade cortadas ao trânsito, o que não impediu uma onda de contestação.

Diz o analista político Valery Karbalevich: "Tanto a esquerda como a direita estão unidas numa coisa, que é quererem o afastamento de Lukashenko. Há 26 anos que não existe liberdade na Birlorrússia, mas só uma pequena parte da sociedade estava preocupada com isso, até há muito pouco tempo".

Entre os maiores críticos internacionais de Lukashenko está o governo da Polónia, que pediu uma cimeira extraordinária da União Europeia depois para analisar a situação na Bielorrússia. O governo alemão expressou também sérias dúvidas sobre estes resultados eleitorais.

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