Principal opositora de Lukashenko refugia-se na Lituânia

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Direitos de autor Sergei Grits/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Ricardo Figueira
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Aumenta o coro de críticas à repressão na Bielorrússia, depois da controversa reeleição do presidente.

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Com a tensão a não dar tréguas na Bielorrússia, a principal opositora de Alexander Lukashenko nas eleições deste fim de semana, Svetlana Tikhanovskaya, deixou o país e está agora na Lituânia, segundo informou o ministro dos negócios estrangeiros do país báltico.

A violência voltou às ruas de Minsk. Uma pessoa morreu nos confrontos da última noite.

A polícia voltou a fazer várias detenções e a usar balas de borracha e granadas atordoadoras para dispersar os manifestantes, que protestam contra a reeleição de Lukashenko, que muitos julgam fraudulenta. Este resultado permite a Lukashenko ficar no poder até 2025, altura em que terá cumprido mais de 30 anos na presidência.

Os opositores socorrem-se do que têm à mão para fazer frente. Alguns bloquearam as estradas para impedir a passagem da polícia.

Lukashenko diz que não passam de "carneiros ao serviço das potências estrangeiras": "Querem armar confusão no nosso país. Avisei que não iriam fazer o mesmo que na Ucrânia, por muito que queiram fazer isso. As pessoas têm de se acalmar", disse o presidente bielorrusso.

Avisei que não iriam fazer o mesmo que na Ucrânia, por muito que queiram fazer isso.
Alexander Lukashenko
Presidente reeleito da Bielorrússia

Antes de se refugiar na Lituânia, Tikhanovskaya pediu uma recontagem dos votos: "As autoridades devem pensar numa forma de nos entregar o poder de forma pacífica. Até agora, só souberam responder com violência contra cidadãos bielorrussos pacíficos", disse.

Tikhanovskaya avançou para estas eleições depois da detenção do marido, também ele opositor de Lukashenko e candidato à presidência, entretanto impedido de concorrer. Várias figuras próximas dos candidatos da oposição foram detidas antes das eleições.

A Bielorrússia, antiga república soviética, é considerada a última ditadura da Europa. O processo eleitoral pouco claro e a resposta aos protestos levaram a críticas por parte de vários governos europeus e das Nações Unidas.

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