A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, diz que o tema será debatido pela NATO para encontrar a resposta apropriada e contou com o apoio do primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, que estava em visita oficial a Berlim.
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou qualquer envolvimento do Kremlin no alegado envenenamento de Alexei Navalny, opositor do regime que está hospitalizado na Alemanha. A reação surge no dia seguinte ao anúncio por fonte oficial alemã de foi usado o agente químico Novichok, desenvolvido pelo regime soviético.
"É preciso ter muito cuidado ao fazer quaisquer acusações sobre o Estado russo neste âmbito. Em primeiro lugar, não há acusações e não há razão para acusar o Estado russo. Não estamos inclinados a aceitar quaisquer acusações relacionadas com este incidente", disse Dmitry Peskov.
A mesma posição foi veiculada à correspondente da euronews em Moscovo por Leonid Slautsky, presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros: “Esta é apenas uma campanha de propaganda política anti-russa usando o alegado estado de saúde de Navalny, que não tem nada a ver com o seu estado real de saúde, tenho certeza”.
O estado de saúde de Navalny é muito grave segundo a equipa médica alemã, que conduziu os testes de diagnóstico.
Um agente químico como o Novichok, que atua no sistema nervoso, é considerado uma arma química, disse Fernando Arias, diretor da Organização para a Proibição de Armas Químicas, em comunicado, acrescentando que o uso deste tipo de veneno é "condenável em quaisquer circunstâncias e totalmente contrário às normas legais estabelecidas pela comunidade internacional”.
Como vai reagir a UE?
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, diz que o tema será debatido pela NATO para encontrar a resposta apropriada e contou com o apoio do primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, que estava em visita oficial a Berlim.
"É óbvio que o governo russo tem algumas respostas a fornecer e deve investigar o assunto de forma abrangente e transparente. O uso de armas químicas em qualquer circunstância é uma violação do direito internacional. A União Europeia está unida na resposta e devemos estar prontos para uma reação mais completa", disse Stefan Löfven.
Algum tipo de sanções poderá ser ponderado, acrescentando mais pressão às já tensas relações entre a União Europeia e a Rússia.