Regime bielorrusso deteve mais uma figura proeminente da oposição
Não há volta atrás nos protestos que duram há um mês na Bielorrússia, que prometem continuar. É esta a mensagem dos opositores ao regime de Alexander Lukashenko, apesar da campanha do poder para tentar silenciar as principais figuras da oposição.
A rival de Lukashenko nas presidenciais de agosto foi recebida esta quarta-feira em Varsóvia pelo primeiro-ministro polaco.
Svetlana Tikhanovskaia, líder da oposição bielorrussa:"Ultrapassámos o ponto de não retorno, num momento de grande violência que a nossa a população pacífica enfrentou a 9, 10 e 11 de agosto, quando foi apanhada nas ruas, posta na cadeia e duramente torturada."
Svetlana Tikhanovskaia reuniu-se com membros da diáspora na recentemente inaugurada Casa Bielorrussa, edifício doado pela Polónia, recebendo pela ocasião a chave da instituição das mãos do chefe do governo polaco.
Maria Kolesnikova, uma das figuras proeminentes do Concelho de Coordenação, criado pela oposição para facilitar a transição de poder no país, está, segundo o pai, detida em Minsk.
Kolesnikova tinha sido detida na segunda-feira na capital bielorrussa e transportada para a fronteira com a Ucrânia, onde terá rasgado o passaporte para impedir a expulsão para o país vizinho.
Esta quarta-feira, as autoridades detiveram o advogado Maxim Znak, também membro do Concelho de Coordenação.
O único elemento do organismo ainda em liberdade é a prémio Nobel da Literatura de 2015, Svetlana Alexievich.