Bombardeamentos em zonas civis durante o fim de semana.
O acordo de cessar fogo para Nagorno Karabach estava programado para o meio-dia deste sábado, mas antes da meia noite já tinha sido quebrado e um dos residentes locais, Ashot Agmajanian, viu a casa destruída.
Um projétil atingiu a sua janela da cozinha, partindo vidros e deitando o teto abaixo. As esperanças de um cessar-fogo humanitário mediado pela Rússia, entre a Arménia e o Azerbaijão, continuaram a sair frustradas no domingo. Os dois países voltaram a acusar-se mutuamente depois de uma noite de bombardeamentos em zonas civis.
Mesmo antes dos locais terem tempo de contar a sua história, toca uma sirene e as pessoas refugiam-se num abrigo. Desde 27 de setembro que o som da sirene tem sido a banda sonora da cidade. Para o povo de Stepanakert, os bombardeamentos, praticamente diários, significam o regresso a uma realidade que muitos esperavam nunca mais enfrentar.
“Quando éramos mais jovens e os nossos filhos eram menores, sonhávamos com o fim da guerra - os nossos filhos cresceram e também enfrentam a mesma guerra”, diz Susanna, uma residente no local.
Os vizinhos de baixo juntam-se agora numa grande família. Nas últimas duas semanas, o abrigo tem sido um lar e, nas ruas, os destroços provam a intensidade do bombardeamento.
Mas o Presidente da República auto-proclamada, Araek Haroutiounian, está confiante que pode defender-se dos ataques.
No domingo os bombardeamento continuaram e as sirenes voltaram a tocar. Arménia e Azerbaijão vivem conflitos territoriais. Há duas semanas que o território de Nagorno Karabach assiste a intensos combates.