Cimeira da UE debate eventual não acordo no Brexit

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Direitos de autor Johanna Geron/AP
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De  Isabel Marques da SilvaJoanna Gill
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A pesca é um dos motivos desse impasse no futuro acordo político e comercial com o Reino Unido. Na agenda da cimeira estão, também, as alterações climáticas. Onze países aplaudem a nova proposta da Comissão Europeia para baixar em 55&% o nível de emissões poluentes em 2030, face ao nível de 1990.

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Os Estados-membros da União Europeia devem estar preparados "para todo o tipo de cenários sobre o Brexit, incluindo o de não acordo", diz o rascunho de conclusões da cimeira que serve de base de trabalho à reunião de líderes.

Este é o quadro com o qual foram confrontados os chefes de Estado e de governo, reunidos em cimeira, quinta-feira, em Bruxelas, depois de atualizados sobre o impasse negocial.

“Estamos absolutamente determinados a chegar a um acordo justo com o Reino Unido. Faremos tudo o que pudermos, mas não a qualquer preço, como foi mencionado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Eu e a minha equipa continuaremos o processo de discussões intensas nas próximas semanas”, explicou Michel Barnier, negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, em conferência de imprensa.

A reação do governo britânico não se fez esperar, com o negociador David Frost a usar o Twitter para dizer que estava "desiludido e surpeendico" com linguagem usada no documento de conclusões da cimeira, mas que o primeiro-ministro Boris Johnson dará uma reposta mais cabal.

Mais ambição no clima

Na agenda da cimeira estão, também, as alterações climáticas. Onze países aplaudem a nova proposta da Comissão Europeia para baixar em 55&% o nível de emissões de gases poluentes com efeito de estufa, em 2030, por comparação com os níveis de 1990.

“Todos queremos proporcionar aos nossos filhos e netos um futuro sustentável. A União Europeia tem um papel muito importante. A Suécia e outros países que têm a mesma posição sobre este assunto e resolveram tomar a iniciativa de apoiar a proposta da Comissão Europeia sobre uma nova meta de redução das emissões em 2030. Queremos reduzir as emissões em pelo menos 55%”, disse Stefan Lofven, primeiro-ministro da Suécia.

Política externa... Turquia outra vez

Deverá haver, ainda, uma discussão sobre eventuais sanções contra a Turquia por causa da exploração contenciosa de gás no mar Mediterrâneo, que afeta a Grécia e o Chipre.

“Infelizmente, a Turquia parece manter de forma consistente um comportamento provocador e agressivo. A mesma consistência deve ser demonstrada pela União Europeia no que diz respeito à implementação das decisões que tomou para que este comportamento enfrente as consequências relevantes”, afirmou Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia.

Haverá, também, um debate sobre uma nova parceria com a União Africana, apesar da cimeira prevista para outubro, em Bruxelas, ter sido adiada por causa da pandemia. Essa reunião poderá realizar-se em dezembro.

Os líderes farão um ponto da situação sobre a pandemia de Covid-19 em termos de coordenação sobre monitorização epidemiológica, gestão de fronteiras e a disponibilização de vacinas.

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