Espanha desenvolve estufa do futuro

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De  Marisa Ramírez
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É económica, ecológica e pode implantar-se em qualquer lugar: Até no topo de um edifício na cidade.

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O que outrora foi um deserto é hoje em Almería, no sudeste de Espanha, um mar de plástico e o jardim da Europa. A agricultura intensiva de estufa trouxe prosperidade a esta área, e com ela a especialização em novas técnicas de cultivo de frutas e legumes. Agora, um grupo de empresas pioneiras quer implementar esta tecnologia nas cidades, mas com um modelo de estufa mais estético, dez vezes mais produtivo e mais respeitador do ambiente, graças a um projeto apoiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

"A estufa Greendomo tem a forma de um globo terrestre. É uma cúpula geodésica, composta por triângulos, que é a forma geométrica mais simples que existe. O consumo de energia e materiais é mínimo, de modo a que não haja obstáculos estruturais à chegada da radiação solar às plantas e para que estas possam fazer a fotossíntese. A energia da luz é distribuída aqui de forma global e homogénea, de modo a que não haja sombras que prejudiquem as plantas", explica o diretor do projeto para a empresa Novagric, Juan Pardo.

O consumo de energia e material é mínimo.
Juan Pardo
Diretor do projeto Greendomo, Novagric

O sistema de plantação vertical em colunas rotativas permite que as culturas sejam produzidas ao longo do ano, utilizando 70% menos água. A estrutura é hermética, o que vai protegê-la de condições climáticas adversas e de pragas que afetam o rendimento e a qualidade na agricultura mais tradicional.

Implantáveis em qualquer local

A ideia é que estas estruturas possam ser instaladas em qualquer sítio: dentro das cidades, em parques, praças ou mesmo no topo de edifícios. Para a manutenção, são necessários apenas dois trabalhadores.

"Pode até ser ainda mais rentável do que um sistema de produção tradicional, ou um sistema tradicional de agricultura intensiva. Porquê? Porque há a questão da proximidade, poupa no transporte, cumpre os requisitos da pegada de carbono e fornece um produto fresco. O consumidor pode pagar mais, mas sabe que aquele é um produto que acabou de ser colhido", diz Eduardo Pardo, que gere igualmente este projeto, mas para a empresa Tecnova.

A ideia da Greendomo pode desempenhar um papel importante na agricultura urbana e na agricultura do futuro. Mas é necessário o apoio de governos e fundações pioneiras para dar esse grande impulso, o que ajudaria a satisfazer a crescente procura global de alimentos, bem como a transformar a vida quotidiana dos habitantes das cidades de todo o mundo.

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