Teatro operático reabre com restrições devido à Covid-19
A Ópera Nacional da Grécia, em Atenas, reabriu novamente as portas ao público, após sete meses encerrada devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.
Com uma adaptação única de "Don Giovanni" de Mozart, a Ópera informa os espetadores quais são as regras que devem cumprir, enquanto estiverem no interior do edifício.
Coube ao barítono Haris Andrianos apresentar a lista de medidas de higiene e segurança adotadas para evitar a propagação da Covid-19.
O diretor artístico, Giorgios Koumentakis explica que começaram hesitantemente "e em poucos dias o público respondeu da melhor maneira porque sentiu que todas as medidas tomadas são completamente seguras." Koumentakis garante "que o teatro é realmente seguro."
"Madame Butterfly", de Giacomo Puccini, abriu a temporada. Esta é uma obra marcante, pois foi a primeira ópera encenada pela então recém-criada Ópera Nacional Grega, a 25 de outubro de 1940.
Ermonela Jaho dá vida à protagonista.
Depois de oito meses de inatividade, a soprano albanesa diz estar feliz por voltar aos palcos e que termina todos os espetáculos em lágrimas.
Jaho sente-se abençoada por receber, uma vez mais, o carinho do público no entanto afirma estar insegura em relação ao futuro, pois os espetáculos podem vir a parar, mais uma vez. A soprano confessa que acha estranho olhar para uma plateia meio vazia, no entanto garante que sente a ligação que consegue com o público como "uma grande vitória."
"Madame Butterfly" de Giacomo Puccini, na Ópera Nacional da Grécia, em Atenas, até 15 de novembro.