Corrida à Casa Branca dominada pela pandemia

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De  Nial O'Reily & Euronews
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A covid-19 acabou por ser uma questão central durante a campanha para a presidência dos Estados Unidos da América. Os candidatos republicano e democrata divergiram em praticamente tudo, desde a atitude às políticas sanitárias a adotar.

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Nenhum dos candidatos à presidência dos Estados Unidos podia tê-lo previsto, mas nenhuma questão dominou tanto a campanha como a covid-19.

Na Casa Branca, o primeiro reflexo de Donald Trump foi negar a pandemia.

"Há muita gente que defende que o vírus de que estamos a falar vai desaparecer em abril com o calor, à medida que for ficando mais calor. Portanto, isto vai provavelmente desaparecer em abril", proferiu.

Trump implementou proibições parciais de viagens em relação à China e à Europa, mas dispensou o uso de máscaras. Ao contrário do adversário, que raramente era visto sem uma.

Também no que diz respeito ao distanciamento social, o governo foi omisso, com os apoiantes frequentemente em contacto pessoal durante eventos presidenciais.

Em contraste, Joe Biden não só fez aparições públicas respeitando as regras, como foi tornando o respeito pelas medidas sanitárias numa mensagem política, à medida que a crise se agravava

As opiniões dos candidatos voltaram a divergir quanto ao confinamento. Biden defendeu uma mudança mais cedo e por mais tempo. Temendo o impacto económico, Trump resistiu e quando ficar em casa se tornou inevitável, o presidente defendeu a reabertura dos estados o mais depressa possível.

A medida foi contestada pelo candidato democrata. "Perdemos vidas. Perdemos empresas. Perdemos salários. E agora, graças às trapalhadas de Donald Trump, podemos perder alguns dos progressos que começámos a fazer", afirmou.

Biden permaneceu cauteloso, Trump promoveu tratamentos contestados por muitos cientistas. As questões do presidente sobre o potencial uso de desinfetante numa injeção acabariam por correr mundo.

Desde o início da pandemia, e de encontro ao que era dito pela comunidade científica, Trump disse aos eleitores que em breve estaria disponível uma vacina. 

A meta ainda está por alcançar e o presidente norte-americano acabou mesmo por ser infetado. Nem por isso alterou a abordagem à pandemia, mas não deixou de usar a rápida recuperação como um triunfo pessoal.

Dentro de poucos dias, também a gestão da crise vai a escrutínio pelo eleitorado.

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