Autoridades fazem várias detenções no âmbito da investigação sobre o ataque "jihadista" em Viena.
A Áustria decretou três dias de luto nacional no rescaldo do ataque "jihadista" de segunda-feira junto a uma sinagoga em Viena, que fez soar os alarmes na Europa.
Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de uma dezena ficaram feridas durante um tiroteio cometido por um simpatizante do autodenominado Estado Islâmico, que acabou por ser abatido.
O agressor tinha cadastro e foi condenado a 22 meses de prisão, em abril de 2019, por viajar para a Síria para se juntar ao Daesh. Meses mais tarde, em dezembro, foi libertado antecipadamente ao abrigo de uma lei de proteção de jovens. O caso levanta agora uma série de interrogações.
"O facto é que o terrorista conseguiu enganar o programa de desradicalização do sistema de justiça, as pessoas e obteve uma libertação antecipada. Por isso, não havia sinais de alerta de radicalização", sublinhou, em conferência de imprensa, o ministro do Interior da Áustria, Karl Nehammer.
As autoridades confirmaram que Kujtim Fejzulai agiu sozinho, mas a polícia já fez 14 detenções de pessoas relacionadas com o jihadista. Dois homens são suíços e foram detidos perto de Zurique, esta terça-feira.
Os ataques em França e na Áustria levaram o Reino Unido a elevar o o nível de alerta para o terrorismo de "substancial" para "grave."
"O Centro de Análise Conjunto para o Terrorismo (JTAC) alterou o nível de alerta no Reino Unido em matéria de terrorismo, de substancial para grave. A população britânica deve estar alerta mas não alarmada. É uma medida de precaução", ressalvou a ministra britânica do Interior, Priti Patel.
Enquanto isso, a Áustria lida com um dos piores ataques terroristas em décadas.