Mais de 500 detidos na Bielorrússia

Os detidos foram levados em camiões da polícia para parte incerta
Os detidos foram levados em camiões da polícia para parte incerta   -  Direitos de autor  AP
De  Teresa Bizarro  com Agências

A polícia voltou a carregar sobre os manifestantes que voltaram às ruas este domingo para contestar a eleição de Alexandr Lukashenko

Mais de quinhentas pessoas terão sido detidas este domingo na Bielorrússia. A denúncia é da organização não governamental Vésna. A polícia voltou a usar granadas de gás lacrimógeneo para dispersar os manifestantes que protestavam contra Alexandr Lukashenko.

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Manifestante com a antiga bandeira bielorrussaAP

De acordo com órgãos de informação locais, várias pessoas ficaram feridas. As detenções ocorreram sobretudo em Misnk, mas há notícia de repressão também noutras cidades bielorrussas.

Todos os domingos, desde as eleições de 9 de agosto, milhares de bielorrussos contestam nas ruas o resultado oficial do escrutínio.

Lukashenko, no poder há 26 anos, foi declarado vencedor com mais de 80 por cento dos votos.

A violência policial já fez pelo menos 4 mortos. Roman Bondarenko, com 31 anos, foi a última vítima. Morreu esta semana, na sequência de lesões cerebrais provocadas a 8 de novembro.

A líder da oposição, Sviatlana Tikhanovskaïa, está no exílio, mas homenageou Bondarenko. O presidente Alexandr Lukashenko ordenou entretanto um inquérito às circunstâncias de mais esta morte.

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