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Prémio Sakharov vai para oposição da Bielorrússia

Prémio Sakharov vai para oposição da Bielorrússia
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De Isabel Marques da Silva & Méabh McMahon com Lusa
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A União Europeia não reconheceu o resultado das eleições e aprovou um pacote de sanções contra o regime, incluindo o presidente Lukashenko.

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O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, em 2020, vai para oposição democrática na Bielorrússia.

O anúncio foi feito, quinta-feira, pelo presidente do Parlamento Europeu , David Sassoli, em sessão plenária.

Nas ruas desde agosto, depois de eleições presidenciais fraudulentas, a oposição da Bielorrússia é conhecida, sobretudo, pelos rostos de três mulheres perseguidas pelo regime.

Uma delas é Svetlana Tikhanovskaya, que recentemente deu o seu testemunho aos eurodeputados sobre a repressão levada a cabo pelo regime de Alekasander Lukashenko, e que já agradeu o galardão.

"Estou muito contente por nos terem dado este prémio, que não é apenas atribuído a mim, mas ao povo bielorrusso, porque agora somos um organismo único que luta contra o regime", disse Svetlana Tikhanovskaya, em viagem na Dinamarca (está exilada na Lituânia desde agosto).

O prémio distingue o Conselho de Coordenação da Bielorrússia, qualificado pelo Parlamento Europeu como uma "iniciativa de mulheres corajosas e figuras da sociedade civil e política", e que engloba diferentes personalidades, incluindo a laureada com o prémio Nobel da literatura em 2015, Svetlana Alexijevich.

Aquilo que os ajuda é que a violência nunca poderá ganhar"
David Sassoli
Presidente do Parlamento Europeu

"Queria congratular os representantes da oposição da Bielorrússia pela sua coragem, resiliência e determinação, já que encarnam no quotidiano a defesa da liberdade de expressão e pensamento que o prémio Sakharov gratifica, e continuam a mostrar-se fortes perante um adversário muito potente. Aquilo que os ajuda é que a violência nunca poderá ganhar", salientou o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli. 

Grande maioria dos eurodeputados aprovou escolha

O vencedor recebeu o apoio do Partido Popular Europeu (centro-direita), Renovar a Europa (liberal) e da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (centro-esquerda).

Andrius Kubilius eurodeputado de centro-direita e ex-primeiro-ministro da Lituânia, país vizinho da Bielorrússia, realçou a importancia geopolítica da decisão: "É um sinal não apenas para Lukashenko, mas também para o o presidente russo Vladimir Putin, em Moscovo, que continua a apoiar Lukaschenko, e acho que isso é um grande erro dos políticos em Moscovo".

A União Europeia não reconheceu o resultado das eleições e aprovou um pacote de sanções contra o regime, incluindo o presidente Lukashenko.

O prémio Sakharov, no valor de 50 mil euros, deverá ser entregue numa cerimónia a 16 de dezembro.

Além da oposição bielorrussa, eram também finalistas a ambientalista hondurenha Berta Cáceres e os ativistas de Guapinol, e o arcebispo de Mossul (Iraque), Najib Mikhael Moussa.

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