Espanha, Itália, Grécia e Malta pedem política migratória mais equitativa

Uma "partilha equitativa dos encargos é um fator essencial para uma política de migração e asilo verdadeiramente europeia, sustentável e aceitável para todos os Estados-Membros" dizem Espanha, Itália, Grécia e Malta num documento enviado à União Europeia, e anunciado durante a XIX cimeira hispano-italiana, na cidade de Palma, nas Ilhas Balares.
Para o primeiro-minstro espanhol, Pedro Sánchez, parece um debate necessário, "parece-me uma proposta corajosa, ousada de vários países, que torna a União Europeia melhor, e que suscita um debate construtivo, um debate necessário que devemos ter sobre uma política de migração comum".
Apesar das críticas reconhece-se que o novo Pacto Europeu sobre a Imigração e o Asilo representa um ponto de partida construtivo mas é preciso ter em conta as variantes, como explicava o chefe do executivo italiano Giuseppe Conte:
"Os fluxos migratórios podem mudar e mudam. O contexto económico, o curso da história, porque amanhã que pode chegar um fluxo migratório brutal de Leste e talvez outros países venham a sofrer com este problema. Mas a realidade é que todos temos que nos concentrar numa solução comum".
No documento, os países admitem que chegar a um "acordo será um desafio" mas acrescentam que é preciso trabalhar com o "espírito" de que "nada está acordado até que tudo esteja acordado".
A situação nas Ilhas Canárias, face à chegada em massa de imigrantes ilegais, tem criado problemas a este arquipélago espanhol e não há fim à vista para este drama que até há bem pouco tempo tocava sobretudo Itália e Grécia.