Vídeos com o "Jerusalema Dance Challenge" vêm do mundo inteiro.
Como é que uma coreografia se torna viral em plena pandemia ao ponto de mobilizar companhias aéreas inteiras, hospitais e até ser apresentada por uma orquestra de renome internacional?
É preciso recuar até fevereiro deste ano, quando o grupo de dança angolano "Fenómenos do Semba" decidiu celebrar o quinto aniversário.
Uma festa informal, pratos de comida na mão - detalhe que viria a ser bastante reproduzido - e movimentos inspirados na chamada dança da família. Tudo ao som do sucesso planetário do sul-africano Master KG: "Jerusalema".
"Nós fomos ver a letra e condizia com o que estávamos a viver no momento. Estávamos a curtir o aniversário, mas quase sem [ter] nada... Então a música nos motivou, de certa forma, a poder continuar, mesmo sem possibilidade para poder festejar", diz Adilson Maíza, coreógrafo do grupo.
Catorze milhões de visualizações mais tarde no YouTube, o mínimo que se pode dizer é que a mensagem se espalhou.
"O que nós queríamos mostrar naquele vídeo é a felicidade, é a simplicidade dos africanos, sobretudo os angolanos. Nós queríamos mostrar que é possível ser feliz mesmo com pouco e nos tempos difíceis que nós estamos a passar, com a Covid-19", salienta Adilson Maíza.