Portugal no top 10 dos que melhor integram imigrantes

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Direitos de autor Javier Bauluz/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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Os 81 pontos obtidos por Portugal prendem-se, sobretudo, com as políticas ativas de integração no mercado de trabalho e a política de reunificação familiar. Mas o governo precisa de melhorar o acesso dos imigrantes à saúde e à educação.

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Os processos de integração dos imigrantes são muito variados, com países mais proativos do que outros na ajuda que dão às pessoas que procuram novas oportunidades de vida.

O Índice de Política de Integração de Migrantes divulgou dados sobre 52 países e cinco Estados-membros da União Europeia estão no top 10 das melhores práticas:

  • Suécia, Finlândia, Portugal, Bélgica e Irlanda, por ordem descendente

Estes países obtêm pelo menos 64 em 100 pontos. No top 10 estão ainda:

  • Canadá, Nova Zelândia, EUA, Austrália e Brasil

 

"As políticas de integração estão, lentamente, a melhorar nos últimos anos. Desde 2014, cada país melhorou, em média, dois pontos numa escala de 100 pontos. Os países da União Europeia subiram um ponto, tanto na Europa Ocidental quanto na Europa Central", disse Thomas Huddleston, diretor de Investigação do Grupo de Política de Migração do Índice.

O índice classifica os sistemas de integração em vários níveis:

  • "Abrangente" é o mais eficiente

  • "Igualdade no papel" significa que a lei não se traduz na realidade

  • "Temporário" aponta para obstáculos a integração de longo prazo

  • "Sem integração" refere-se a grande exclusão social

A Comissão Europeia lançou, há algumas semanas, um plano de ação para apoiar os Estados-membros a implementarem melhores políticas de integração dos imigrantes, face às variações no bloco.

“É a integração e a inclusão que nos podem ajudar a combater a xenofobia, a exclusão, a radicalização e as narrativas de "nós contra eles". Precisamos de promover o respeito mútuo e fomentar o sentimento de pertença dos imigrantes”, disse Margaritis Schinas, vice-presidente da Comissão Europeia.

Valores judaico-cristãos em risco?

Contudo, alguns eurodeputados das bancadas mais conservadoras temem que a Europa possa ver diluídos alguns valores tradicionais.

"Não se pode falar sobre a União Europeia, não se pode falar sobre os valores ocidentais, sem reconhecer o importante papel dos valores judaico-cristãos. Penso que precisamos de enfatizar isso para também ajudar os imigrantes a melhor se integrarem", defendeu Cristian Terhes, eurodepnutado conservador romeno.

A pandemia de Covid-19 também aumentou a importância de ser mais eficiente nas políticas de integração, segundo a equipa que fez o índice.

"Os imigrantes em países com políticas mais inclusivas acabam por obter resultados mais equitativos na saúde, por exemplo. Este é um ponto importamte a considerar no futuro. Se queremos ser bem sucedidos a combater a Covid-19, vamos precisar de políticas de saúde mais inclusivas", explicou Thomas Huddleston, diretor de Investigação do Grupo de Política de Migração do Índice.

Os 81 pontos obtidos por Portugal prendem-se, sobretudo, com as políticas ativas de integração no mercado de trabalho e a política de reunificação familiar. Mas o governo precisa de melhorar o acesso dos imigrantes à saúde e à educação.

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