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Após reportagem da Euronews: exército dos EUA retira recomendação aos soldados para irem ao banco alimentar

Soldados americanos
Soldados americanos Direitos de autor  Stephen B. Morton /Atlanta Journal-Constitution via AP
Direitos de autor Stephen B. Morton /Atlanta Journal-Constitution via AP
De Laura Fleischmann
Publicado a Últimas notícias
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O exército americano aconselhou os soldados na Alemanha a dirigirem-se ao banco alimentar. Depois de a Euronews ter sido a primeira a noticiar o facto, o exército retirou a recomendação. Em consequência da paralisação, o pagamento dos salários de meados de novembro está em risco.

O Exército dos EUA removeu uma nota do seu site onde aconselhava os soldados americanos a recorrerem a bancos alimentares durante o corte orçamental. Também mencionava o Foodsharing como uma possível fonte de alimentos, onde voluntários colocam alimentos em frigoríficos acessíveis ao público para serem retirados gratuitamente.

A Euronews foi a primeira a noticiar este facto. O caso causou agitação nas redes sociais.

O meio de comunicação militar “Stars and Stripes” publicou uma declaração do Exército dos EUA na Europa e África: “A lista com ofertas locais de apoio alimentar foi criada há algumas semanas, quando o Exército dos EUA ficou preocupado com a possibilidade de os seus funcionários alemães não receberem salários durante a paralisação orçamental, o que os poderia tornar temporariamente dependentes de ajuda.”

Com isso, o Exército dos EUA indica que as suas instruções não se destinavam a soldados, mas sim a funcionários civis. No entanto, no título da secção correspondente do site, era feita referência a “kit bags”, ou seja, sacos militares.

A referência ao conselho e a outras instalações foi entretanto retirada do site. O texto pode ainda ser consultado na versão arquivada.

Captura de ecrã
Captura de ecrã U.S. Army Garrison Bavaria

Para os soldados americanos, a espera continua. Até agora, eles têm recebido o seu salário. Mas, devido ao mais longo encerramento da administração pública da história dos EUA, o próximo pagamento de salários, em meados de novembro, parece estar em risco.

Dificuldades financeiras

O ministro das Finanças dos EUA, Scott Bessent, declarou à emissora americana CBS News “A partir de 15 de novembro, os soldados que estão dispostos a arriscar suas vidas não poderão mais receber seus salários”. Nos Estados Unidos, é comum receber o pagamento a cada duas semanas.

O pagamento no final de outubro deverá provir de várias fontes: 2,5 mil milhões de dólares foram retirados da legislação de redução de impostos do governo no verão. 1,4 mil milhões de dólares deverão provir de uma conta de aquisições das forças armadas e outros 1,4 mil milhões de dólares de investigação e desenvolvimento, segundo vários meios de comunicação norte-americanos.

A iniciativa “Blue Star Families”, fundada por familiares de militares, alertou no início de outubro sobre a situação financeira precária. “Menos de um terço das famílias de militares tem poupanças de 3.000 dólares.”

Sucesso eleitoral dos democratas

Desde 1 de outubro, democratas e republicanos discutem sobre o orçamento. Embora os republicanos tenham maioria tanto no Senado como na Câmara dos Representantes, precisam dos votos dos democratas para resolver o impasse orçamental.

Devido ao encerramento, os funcionários públicos não recebem mais salários ou estão em licença forçada. Para os funcionários civis das Forças Armadas dos EUA na Alemanha, o governo federal decidiu intervir financeiramente de forma temporária e pagar os salários.

Em Portugal o cenário é semelhante. O Governo dos Açores está a preparar uma solução, junto da banca, para adiantar os salários aos trabalhadores da Base das Lajes, na ilha Terceira. Os juros serão suportados pelo Governo da República.

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