Reino Unido pronto a ceder na questão das pescas

Boris Johnson e as pescas
Boris Johnson e as pescas Direitos de autor Ben Stansall/AP
De  Ricardo Figueira
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Segundo fontes próximas, o Reino Unido pode baixar a exigência de uma redução em 60% para uma redução em 35% nas pescas da UE em águas britânicas.

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Este natal pode trazer, para os britânicos e para a União Europeia, a prenda tão esperada que é a conclusão de um acordo pós-Brexit. Segundo fontes em Bruxelas, o chefe dos negociadores do Reino Unido, David Frost, terá adoçado as exigências britânicas quanto à questão das pescas.o pedido agora será que os Estados-membros da UE reduzam em 35% a pesca em águas britânicas, enquanto a exigência anterior era de uma redução de 60%. Esta nova proposta pode ser aceite pelo negociador-chefe da UE, Michel Barnier.

A confirmar-se, a boa notícia chega numa altura em que o Reino Unido se encontra isolado do resto da Europa devido à nova estirpe do coronavírus, o que aumenta a pressão para que o primeiro-ministro Boris Johnson alargue o prazo para o fim do período de transição do Brexit.

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, disse no Twitter que "o período de transição tem de ser alargado, já que é inconcebível fazer com que o Brexit e os problemas com esta nova estirpe estejam a acontecer ao mesmo tempo".

O presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, disse que "lutar contra a pandemia e assegurar a cadeia de abastecimento tem de ser a prioridade e isso pede uma dedicação completa por parte do governo, o que não se coaduna com o caos que um Brexit sem acordo iria criar".

Boris Johnson recusa a ideia de alargar o prazo. Diz o primeiro-ministro: "É vital que todos percebam que o Reino Unido tem de controlar as suas próprias leis, tal como temos de controlar as nossas pescas. Por isso, os termos da Organização Mundial do Comércio seriam mais do que satisfatórios para o Reino Unido".

As pescas representam apenas um dos vários pomos da discórdia que permanecem entre o Reino Unido e a União Europeia. Oficialmente, o país deixou de fazer parte do bloco em fevereiro, mas o período de transição dura até um de janeiro. A haver um acordo comercial, terá de ser aprovado no parlamento britânico até ao fim do ano.

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