2020: o ano (quase) sem festivais de cinema

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De  Frédéric PonsardEuronews
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Adiados, cancelados ou sem público, os festivais de cinema na Europa não passaram incólumes por 2020, mas o setor não abdicou de distribuir prémios pela sétima arte

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O festival de cinema de Berlim começou este ano com uma forte presença feminina. Na passadeira vermelha da Berlinale, as atrizes Helen Mirren e Elle Faning fizeram-se acompanhar por Javier Bardem, Paula Beer recebeu o urso de prata de melhor actriz pela interpretação em 'Undine'. E também Baran Rasoulof, marcou presença para receber o urso de ouro. A atriz iraniana planeava ir ao evento com o pai, que não foi autorizado a deixar o Irão.

O momento, confessou a atriz, foi de uma "mistura de sentimentos, tristeza, felicidade, entusiasmo", mas, acima de tudo, revelou ter ficado feliz por ter "tido a oportunidade de receber um prémio" que considera "especial".

Baran Rasoulof é a protagonista de "There is no evil", um filme que mergulha no Irão contemporâneo para refeltir sobre as liberdades individuais e a pena de morte, através das experiências de várias personagens..

Mas este ano, o impensável aconteceu também ao mundo da sétima arte. Depois de o festival de cinema ter sido cancelado devido à pandemia de covid-19, Cannes ficou deserta. Sem mercado de filmes , sem estrelas, ou tapete vermelho, restou apenas um auditório vazio.

A lista da seleção oficial acabou por ser publicada em julho e em outubro realizaram-se algumas exibições locais.

O Festival de Veneza pôde realizar-se, mas aconteceu entre dois confinamentos nacionais, com poucos espectadores e muitas restrições sanitárias. As estrelas de cinema foram muito poucas. Mas isso não impediu a realizadora chinesa,

Chloe Zhao de ganhar o Leão de Ouro por "Nomadland". O filme, protagonizado por France McDormand, retrata a vida de uma nómada sem abrigo. Vai ser lançado em 2021.

Algumas semanas mais tarde, no final de setembro, também o Festival de Cinema de San Sebastian pôde realizar-se, recuperando alguns dos filmes selecionados para Cannes. "Beginning", o primeiro filme de Dea Kulumbegashvili, valeu à jovem realizadora georgiana a Concha de Ouro.

Em San Sebastian, a realizadora revelou que "numa primeira longa-metragem tudo é novo", mas "especialmente este ano com a covid", a exibição no festival foi "a primeira experiência física de ver o filme com um público". o que, para a realizadora, foi "estranho".

"Beginnig" chegará ao grande ecrã após a reabertura das salas de cinema.

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