Adolescente ensina taekwondo para lutar pelo futuro das crianças do país.
Unidas pelas artes marciais numa luta contra o casamento infantil. Maritsa Natsiraishe tem 17 anos e pratica taekwondo desde os 5. Tenta um novo golpe de mestre e junta meninas e meninas mães à volta da modalidade.
Diz que é estudante de taekwondo e pratica a modalidade, porque quer criar um país sem casamento infantil. Quer acabar com o consumo de drogas, porque muitos adolescentes estão a entrar nesse mundo e quer mantê-los ocupados através do desporto.
Maritsa trabalha com uma associação, para aumentar a autoestima de meninas casadas e solteiras e para as preparar para a luta. Viu a maior parte amigas engravidar e casar, desde a escola primária. Quando foi para o liceu percebeu que algumas agora têm filhos e estão a ter problemas. Acredita que os casamentos precoces levam à violência de género e que se tratam de crianças que não conseguem cuidar de uma família. Sofrem abusos e violência e isso é insuportável, para Maritsa.
Apesar das limitações e dos escassos recursos é uma menina numa missão.** Em 2016**, o Tribunal Constitucional do Zimbabué proibiu os casamentos de menores de 18 anos. No entanto, a prática continua enraízada num país com dificuldades económicas. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, aproximadamente 30% das meninas casam antes dos 18 anos.
O casamento infantil é uma luta difícil que requer a orientação de uma guia como Maritsa, pronta a conquistar o cinto negro e a lutar pelo futuro das meninas do Zimbabué.