Adiar é quase impossível, voto antecipado é a solução que o governo dá a idosos, internados e reclusos.
Poucas horas depois de lançadas as inscrições para o voto antecipado nas presidenciais portuguesas, inscreveram-se já mais pessoas do que para as legislativas do ano passado. O voto antecipado destina-se, sobretudo, aos internados nos hospitais e às pessoas que estão em isolamento profilático. Os reclusos estão também abrangidos, tal como os idosos a viver em lares, segundo o governo agora confirmou.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou também um aumento do número de mesas de voto, que serão cerca de 13 mil em todo o país, comparando com as 10 mil das legislativas de 2019.
As eleições deverão acontecer em pleno confinamento, que deverá ser decretado esta quinta-feira, com medidas semelhantes aos da primavera e com os números da pandemia a atingir novos máximos. O adiamento parece uma hipótese afastada, já que precisaria de uma revisão constitucional, que não pode ser feita sem uma suspensão do estado de emergência.