O fim de mandato de Donald Trump abre a porta dos Estados Unidos a uma nova era mais ecológica na luta contra a pandemia e há mais ruturas anunciadas
Joe Biden, o 46.° Presidente dos Estados Unidos, assumiu um dos mais difíceis inícios de presidência na história norte-americana, talvez só comparável à tomada de posse de Harry Truman, em 1945, sobre o fim da II Guerra Mundial.
Mais de 400 mil mortos com Covid-19 levaram o novo presidente a dar total prioridade à "guerra sem quartel" contra o SARS-Cov-2, cujo primeiro caso registado nos Estados Unidos faz exatamente um ano esta quinta-feira (21 de janeiro).
Usar máscara e distanciamento social passam a ser obrigatórios em todos os edifícios federais, com Joe Biden na Casa Branca.
Há ordens para acelerar a vacinação e um novo pacote de estímulos foi já proposto ao Congresso, como nos explica a Cailin Birch, especialista de economia global na revista The Economist.
"A grande prioridade (da administração Biden) será assegurar a integração nas políticas americanas, tanto quanto possível, os esforços de alívio da epidemia de coronavírus. Vamos ver o pacote de 1,9 biliões de dólares (€1,5 biliões) proposto por Biden há alguns dias abrindo debates preliminares no Congresso e acelerando a vacinação tanto quanto possível, eventualmente através de atos executivas", considerou a analista.
Em 2015, Barack Obama colocou os Estados Unidos na luta global contra as alterações climáticas, ao assinar o Acordo de Paris, que entrou em vigor um dia após Donald Trump vencer as eleições diante de Hillary Clinton.
O 45.° Presidente dos EUA, um acérrimo defensor dos produtores de combustíveis fósseis, ameaçou retirar o país logo que possível do Acordo de Paris, o que conseguiu apenas no final do ano passado, mas Joe Biden já anunciou a intenção de religar os EUA as energias renováveis.
O novo presidente prometeu também acabar com a proibição de Trump à entrada nos Estados Unidos de estrangeiros oriundos de vários países muçulmanos, substituindo-a por um controlo melhorado dos visitantes e a colaboração de outros governos.
Também os trabalhos no famoso muro na fronteira com o México vão ser suspensos e o dinheiro que estava a ser investido por Donald Trump vai ser realocado para outras prioridades da Administração Biden.