Áustria reabre as portas

Esta segunda-feira a Áustria voltou a abrir as portas de escolas, lojas, museus e cabeleireiros. O Governo diz que o confinamento surtiu pouco efeito nos últimos tempos.
Os empresários, como Michele Gargano, mostram-se satisfeitos com a reabertura: "Claro que é importante reabrir, porque temos de trabalhar".
Mas para entrar nos cabeleireiros é preciso apresentar o resultado de um teste. "Antes de entrar, verificamos se o cliente tem um teste à Covid-19 negativo com menos de 48 horas", explica Gargano.
Para tornar isto possível, a Áustria está a aumentar de forma massiva o número de locais que fazem testes grátis, seja o Palácio de Schönbrunn, a farmácia mais próxima ou as empresas.
"Este teste de acesso é uma inovação absoluta. Se funcionar, teremos uma testagem muito ampla da população todos os dias, o que significa que não é um determinado estrato da população que está particularmente empenhada que vai fazer testes, mas que, de facto, quase toda gente vai fazer teste", diz Rudolf Anschober, ministro da Saúde austríaco.
Mas o alívio das medidas suscitou críticas na vizinha Alemanha. O líder da CSU escreveu, no Twitter, que a Áustria e a República Checa colocam em risco os resultados da Alemanha, com "as suas políticas de abertura irresponsáveis".
Recentemente, a Baviera também ponderou fechar a fronteira com a Áustria, em parte por causa dos casos da variante sul-africana no Tirol. Entretanto, a Áustria apertou os controlos fronteiriços.
"A Áustria está a ponderar estender este novo conceito de testes de admissão a outras áreas. Isto significa que quem não fizer o teste em breve será banido não só do cabeleireiro, mas provavelmente também do teatro ou cinema", realça o correspondente da Euronews em Viena, Johannes Pleschberger.