Luz verde para o segundo "impeachment" de Donald Trump

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Direitos de autor Alex Brandon/Associated Press
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De  Teresa Bizarro com AP
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Senado deu luz verde ao processo de destituição com a acusação de "incitamento à insurreição"

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Senado dos Estados Unidos aceita julgar o processo de impugnação do mandato de Donald Trump. Seis senadores republicanos votaram ao lado dos democratas - mais um do que inicalmente se previa. Aos votos favoráveis previamente anunciados dos senadores republicanos Susan Collins (Maine), Lisa Murkowski (Alaska), Mitt Romney (Utah), Ben Sasse (Nebraska) and Pat Toomey (Pensilvânia), juntou-se Bill Cassidy (Louisiana).

Resultado: 56 votos a favor; 44 contra. Bastava uma maioria simples para iniciar o julgamento. Para condenar o antigo presidente é preciso uma maioria de dois terços. Ou seja, será preciso que mais 11 senadores republicanos mudem o sentido de voto.

A acusação abriu as hostilidades com excertos do discurso de Donald Trump nos jardins da Casa Branca, a 6 de janeiro. Entre as frases destacada está o apelo que fez aos apoiantes: "se não lutarem infernalmente deixam de ter um país". Palavras que antecederam a invasão do Capitólio, em Washington, e que justificam a acusação de "incitamento à insurreição". 

A sala do senado é simultaneamente tribunal e local do crime. O procurador democrata emocionou-se ao recordar o susto redobrado porque tinha levado a filha a visitar o Capitólio nesse dia.

Jamie Raskin, teve de se esconder com a filha. "E sabem o que ela disse? Ela disse, pai, eu não quero voltar ao Capitólio. De todas as coisas terríveis e brutais que vi e ouvi nesse dia, e desde então, isso foi o que me atingiu com mais força," afirmou.

Trump é o primeiro Presidente a passar por um processo de destituição duas vezes no mesmo mandato. É também o primeiro a ser julgado já ter abandonado o cargo.

A defesa do antigo presidente considerou que este processo é uma manobra política que vai contra o espírito da constituição.

Para Bruce Castor, advogado de Trump, o impeachment só avança "porque a maioria na Câmara dos Representantes não quer enfrentar Donald Trump como um rival político no futuro".

O julgamento arranca formalmente esta quarta-feira. Acusação e defesa terão 16 horas cada para apresentar argumentos antes de serem questionados pela câmara e poder intimar testemunhas a depor.

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