Setores ligados ao esqui sem negócio neste inverno

Nos armazéns dos fabricantes de teleféricos de esqui, nos Alpes franceses, os stocks estão preocupantemente elevados - as vendas foram dizimadas pela pandemia da Covid-19.
Gilles Kraan, o presidente da G.M.M - Gimar Montaz Mautino, expõe a desolação do setor: "Destes 600 postes, bem, existem ainda 588 em stock. Só tivemos 12 encomendas de postes este ano. É ridículo, é ridículo", afirma.
O volume de negócios anual previsto era de 600 000 euros, mas este ano não passou dos 66 000. A empresa está a pedir ajuda.
"As estâncias em geral - se a Europa o aceitar - serão compensadas, serão ajudadas. O que seria normal é que nós, que estamos 100% dependentes desta atividade, pudéssemos beneficiar da mesma ajuda", afirma Gilles Kraan.
A situação parece igualmente sombria para o setor de fabrico de esquis. As vendas baixaram 40% este ano, mas o grande impacto espera-se no ano que vem, com quebras de 70%.
Bruno Cercley, presidente do grupo Rossignol antecipa a situação: "A dificuldade está presente nesta estação, pois as lojas não alugam esquis e vendem muito poucos, mas para nós, fornecedores, que trabalhamos sempre com uma estação de avanço, o grande problema chega na próxima estação".
Os únicos que lucram com a situação são os caçadores de pechinchas. Muitas lojas de esqui estão a saldar todo o stock para limparem as prateleiras, que serão preenchidas com os produtos que vierem a seguir, na esperança de dia melhores.