Esquecendo algumas regras sanitárias o Papa está no Iraque para mostrar apoio aos fiéis e encorajá-los a permanecer e a ajudar a reconstruir o país.
Em visita ao Iraque o Papa Francisco e o principal clérigo xiita deste Estado árabe, o Aiatolá Ali al-Sistani, num encontro histórico na cidade sagrada de Najaf, este sábado, enviaram uma mensagem poderosa para uma coexistência pacífica entre religiões e exortando os muçulmanos a abraçar a minoria cristã.
É cada vez mais reduzida esta comunidade no país, devido a décadas de guerra, violência e discriminação. Foi para mostrar apoio aos fiéis, e para encorajá-los a permanecer e a ajudar a reconstruir o país, que o sumo pontífice da Igreja Católica esqueceu, as preocupações relacionadas com a Covid-19 e o crescente número de infetado no país e pôs de lado outras como as relacionadas com segurança.
Sem máscara e rodeado de padres o Papa entrou na catedral de Bagdade, repleta de fiéis, onde celebrou missa. Francisco e a delegação do Vaticano foram vacinados, mas a maioria dos iraquianos não.
Através das redes sociais o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, mostrou-se satisfeito com a histórica visita do papa Francisco ao Iraque escrevendo que os EUA acreditam que ela trará esperança e "ajudará a promover a harmonia religiosa e o entendimento entre os membros das diferentes religiões no Iraque e em todo o mundo".
A minoria cristã iraquiana sofreu anos de perseguição pelo grupo Estado Islâmico e de discriminação por parte da maioria muçulmana e passou por contínuas ameaças de milícias xiitas.