A segunda vida dos budas destruídos pelos talibãs

A segunda vida dos budas destruídos pelos talibãs
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De  Bruno Sousa
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Projeção em três dimensões permite recordar no local as estátuas destruídas há 20 anos pelo regime talibã

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A procissão iluminada por candeias rumo ao local onde se encontravam as famosas estátuas de Bamiã contrasta com a iluminação proporcionada pela mais recente tecnologia que devolveu a imagem de Buda ao rochedo. A projeção em três dimensões permite recordar as estátuas, construídas nos séculos seis e sete antes de Cristo e que apesar de serem consideradas património da Humanidade, não escaparam ao fundamentalismo dos homens.

Os habitantes locais admitem ter sensações mistas com a iniciativa. É o caso de Gulsom Zahra, que diz ter o coração dividido: "Em primeiro lugar sinto-me incomodada, porque tudo isto me lembra uma vez mais do enorme vazio que se encontra no lugar das estátuas. Por outro lado, estou feliz com a iluminação 3D, que nos permite ver novamente a imagem de Buda."

O par de estátuas foi destruído há 20 anos pelos Talibãs, que estavam então no poder no Afeganistão e que consideraram o monumento como idolatria. Em poucos segundos foi cometido um dos maiores crimes arqueológicos da história. Hoje resta um vazio no lugar das estátuas, a reconstrução está prevista mas promete arrastar-se durante anos.

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