ONU condena violência em Myanmar

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De  Teresa Bizarro com Agências
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A pressão internacional aumenta sobre a junta que tomou o poder a 1 de fevereiro, mas os militares não cedem e acusam os líderes eleitos de corrupção

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Sobem de tom os confrontos em Ragum no dia em que a junta militar de Myanmar acusou os líderes depostos de corrupção. Dizem que Aung San Suu Kyi, a chefe do governo, aceitou um pagamento ilegal de 600 mil dólares e mais de 11 quilos de ouro.

Os militares que tomaram o poder no golpe de 1 de fevereiro man´têm os dois líderes eleitos em prisão domiciliária.

O secretário-geral das Nações Unidas voltou a apelar para a libertação imediata de todos os prisioneiros. Para Antonio Guterres "é absolutamente essencial libertar todos os prisioneiros, respeitar os resultados das eleições e permitir que se regresse a uma transição democrática."

A pressão internacional para a libertação de todos os detidos desde 1 de fevereiro aumenta. Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU denunciaram as ações violentas da junta, incluindo a China e a Rússia, aliados tradicionais dos generais birmaneses. Apesar isso, a junta não dá sinais de ceder.

Em Rangum e Mandalay, as duas maiores cidades do país, as manifestações são diárias apesar do medo e da violência. Na primeira linha do protesto estão jovens universitários.

Nway Oo Shwe Yi, uma estudante entrevistada nas ruas de Rangum, afirma que o comportamento das autoridades mudou na manifestação de quarta-feira.

"Quando nos atacaram, ao contrário de outras forças de segurança, não usaram granadas de fumo. Começaram logo a disparar com armas e foram brutais. Não houve qualquer aviso. Não tínhamos armas como as deles. Prenderam cerca de 20 pessoas, incluindo os manifestantes da linha da frente," afirma.

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