Itália, Espanha, Grécia, Chipre e Malta reuniram-se na capital grega para acertar posições comuns perante uma União Europeia que dizem fazer pouco para os ajudar no fardo da crise migratória.
Os cinco países da União Europeia com fronteiras no mediterrâneo e na linha da frente da migração massiva dos últimos anos querem dos 27 estados membros mais disponibilidade para receber migrantes, um mecanismo centralizado de repatriamento Europeu e mais cooperação internacional.
A vontade comum de Itália, Grécia, Espanha, Chipre e Malta ficou vincada numa cimeira dos ministros do interior em Atenas.
"Não podemos continuar a ser punidos por causa da nossa posição geográfica. Não podemos mais ser deixados sozinhos à nossa sorte perante chegadas irregulares de países terceiros. Não podemos ser castigados por salvarmos vidas no mediterrâneo, declarou Byron Camilleri, ministro do Interior de Malta.
O homólogo espanhol, Fernando Grande-Marlaska, explicou que "ao reforçarmos a cooperação com os países de origem e trânsito podemos impedir chegadas irregulares e também impedir o tráfico de pessoas, de imigrantes e claro a perda de vidas humanas".
Na mesma altura, mais de um milhar de pessoas manifestaram-se no centro da capital grega para exigir solidariedade com migrantes e refugiados.
Querem segurança, direito a asilo e educação para os migrantes, que na maioria dos casos submetem-se a perigosas viagens para chegar a solo europeu.