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Moçambique tenta reconquistar vila de Palma

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A vila no extremo norte de Moçambique é controlada por guerrilheiros depois de um ataque na quarta-feira que originou mortos, feridos e muitos deslocados, incluindo expatriados que trabalham para a petrolífera Total.

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As Forças armadas moçambicanas garantem estar a combater para expulsar os guerrilheiros da vila de palma, no norte de Moçambique. A povoação caiu as mãos dos jihadistas entre sexta-feira e sábado.

As milícias semeiam o terror na região desde pelo menos 2017, atacaram a cidade por três frentes.

Portanto, é uma região que tem sofrido de má governação, corrupção em grande escala. E depois há esta descoberta maciça de gás que oferece potencial para a região. Mas os habitantes locais não estão veem nada.
Jakkie Cilliers
Analista do Instituto sul-africano para Estudos de Segurança

 Existem vários motivos para o caos na região, como explica Jakkie Cilliers, do Instituto sul-africano para Estudos de Segurança, sedeado em Pretoria. "O problema é que Moçambique não tem controlado eficazmente a parte norte do seu território. O Oeste e o Norte de Moçambique têm estado envolvidos em guerras e conflitos em curso com a Renamo, que foi originalmente estabelecido pelas antigas forças de segurança da Rodésia e pelos sul-africanos como uma espécie de grupo contraterrorista interno em Moçambique. Portanto, é uma região que tem sofrido de má governação, corrupção em grande escala. E depois há esta descoberta maciça de gás que oferece potencial para a região. Mas os habitantes locais não estão veem nada. O que eles veem são centenas de estrangeiros, incluindo sul-africanos, expatriados e outros, a entrarem para construir, conceber e fornecer recursos. Mas muito pouco disso está a chegar aos habitantes locais. E devido à componente de crime organizado, um alimenta-se do outro e, eventualmente, pessoas desesperadas recorrem a meios desesperados".

A população tenta escapar ao terror e à morte das milícias. De acordo com testemunhas,

são visíveis corpos de adultos e crianças assassinados nas ruas da vila.

Um barco com 1800 pessoas que fugiram dos ataques terroristas já está na cidade de Pemba. A bordo seguiram 200 expatriados, de várias nacionalidades, muitos a trabalharem para a petrolífera total, que se refugiaram no hotel Amarula, em Palma, na quarta-feira à tarde, quando o ataque armado à vila começou.

Moçambique vive nos últimos tempos à beira de uma catástrofe humanitária com o massacre de populações, muitas pessoas são decapitadas, e com o êxodo em massa. Há pelo menos 700 mil deslocados, a maioria procura refúgio em campos junto à cidade de Pemba.

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