Reino Unido alinha com União Europeia na defesa da AstraZeneca/Oxford

Reino Unido defende Vaxzevria, mas recomenda cuidado na vacinação dos mais jovens
Reino Unido defende Vaxzevria, mas recomenda cuidado na vacinação dos mais jovens Direitos de autor AP Photo/Vadim Ghirda
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De  Francisco Marques
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Agência britânica de regulação dos produtos médicos também admite uma possível ligação entre a #Vaxzrevia e a formação rara de coágulos, mas sustém que os benefícios suplantam largamente os riscos

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A agência reguladora de produtos médicos do Reino Unido (MHRA, na sigla original) está em sintonia com a homóloga da União Europeia na defesa da Vaxzevria, o nome comercial da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19 e que é suspeita de provocar coágulos no sangue logo após a tomada da primeira dose.

Numa conferência de imprensa realizada à mesma hora que a da congénerea europeia, a MHRA também assegurou que "os benefícios suplantam quaisquer riscos" no uso da proposta da AstraZeneca apesar de também ter concluído haver "uma possível ligação" com "a ocorrência extremamente rara e improvável de coágulos no sangue".

Numa conferência de imprensa realizada a partir de Amesterdão, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) já tinha admitido a possibilidade de ocorrência de coágulos "muito raros" em pessoas vacinadas, mas garantiu não haver ainda qualquer confirmação dessa causa-efeito e reiterou o uso "seguro e eficaz" da vacina.

Ainda assim, a EMA recomendou a inclusão de coágulos sanguíneos na lista de "possíveis" efeitos secundários "muito raros" da Vaxzevria.

A presidente do Comité de Avaliação de Risco em Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês), Sabine Straus, disse ser de "grande importância que os profissionais de saúde e as pessoas vacinadas estejam a par destes riscos e atentos a sinais ou sintomas que usualmente ocorrem nas porimeiras duas semanas após a vacinação".

A diretora da agência britânica disse que a evidência de uma ligação entre a vacina AstraZeneca/Oxford e a formação de coágulos sanguíneos "está mais forte, mas é necessário mais trabalho", por não ter sido ainda confirmada "sem sombra de dúvida" essa relação causa-efeito e a proporção de casos suspeitos é mínima.

Até 31 de março, mais de 20 milhões de doses de vacina foram administradas (no Reino Unido). Tivemos 79 casos até 31 de março, inclusive.

"Todos os 79 casos ocorreram depois de tomada a primeira dose da vacina. Destes 79 casos, infelizmente 19 pessoas morreram.
June Raine
Diretora-executiva da MHRA

Os dados britânicos sugerem ainda que os casos suspeitos incidem sobretudo jovens adultos e alertam que "esta evidência em evolução deve ser tida em conta quando se considerar o uso da vacina", lê-se no comunicado da MHRA.

Sintomas a ter em atenção após a vacinação

  • Dificuldades respiratórias;
  • Dores no peito;
  • Inchaço nas pernas;
  • Dores abdominais persistentes;
  • Sintomas neurológicos, incluindo dores de cabeça severas e persistentes ou visão enevoada;
  • Pequenos sinais sanguíneos sob a pele afastados da zona do corpo de toma da vacina.
  • Fonte: Agência Europeia de Medicamentos

Outras fontes • EMA, MHRA

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