Em caso de morte de Alexander Lukashenko poderá ser o seu filho a assumir a liderança da Bielorrússia.
O presidente da Bielorrússia anunciou que vai mudar a lei para que, no caso de ser assassinado, o poder passe para as mãos do Conselho de Segurança Nacional. Organismo do qual o seu filho mais velho, Victor Lukashenko, é conselheiro.
Há quem sugira que Alexander Lukashenko, que governa o país desde 1994, pretende criar uma espécie de dinastia política, o que o próprio nega. O chefe de Estado justifica a decisão dizendo que não há garantias de que tudo "correrá bem" se "amanhã não houver presidente". Por isso, assinará "nos próximos dias um decreto sobre a estrutura do poder na Bielorrússia. Se o Presidente for morto o Conselho de Segurança assumirá o poder no dia seguinte", afirmou.
O próprio Lukashenko é o chefe deste Conselho de Segurança, mas o seu filho é considerado como o seu líder informal.
Atualmente, é o primeiro-ministro que assume os poderes presidenciais se acontecer alguma coisa ao chefe de Estado. O novo decreto estabelece que o chefe do executivo será apenas o líder nominal. Todas as decisões serão tomadas pelo referido conselho.
Desde as últimas Presidenciais que o país vive uma crise política com a oposição, apoiada por uma série de países, a não reconhecer os resultados oficiais que deram uma vitória esmagadora a Lukashenko.
A indignação tem-se espelhado nas ruas com manifestações, em várias cidades, que se repetem há largos meses.
Aquela que é hoje líder da oposição, Sviatlana Tsikhanouskaya, está refugiada na Lituânia. As autoridades bielorrussas querem a sua extradição para ser julgada por incitamento à rebelião.
Tsikhanouskaya passou, em pouco tempo, do anonimato às luzes da ribalta, ainda que de uma forma ingrata. A antiga professora é casada com aquele que deveria ser um dos candidatos às Presidenciais no país, mas que está detido há mais de um ano. Tsikhanouskaya acabou por assumir o lugar deixado vago pelo seu companheiro.