"Nunca houve um Portugal perfeito, nem há um Portugal condenado"

Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo Rebelo de Sousa Direitos de autor ANTÓNIO COTRIM/ 2021 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
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O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou ao "estudo do passado", no âmbito das comemorações do 25 de abril. Já o pre

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"Não há, nem nunca houve, um Portugal perfeito. Mas também não há um Portugal condenado", declarou o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito das comemorações do 25 de abril.

Já o presidente da Assembleia da República apelou hoje aos deputados dos diferentes partidos a que se ultrapassem bloqueios políticos e honrem o legado dos constituintes, sendo capazes de convergir e traduzindo em leis soluções para o país.

Este desafio foi deixado por Ferro Rodrigues no discurso que abriu a sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril no parlamento e que será encerrada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

"Neste dia, quero evocar todas e todos quantos, oriundos de projetos ideológicos tão distantes e quase incompatíveis, souberam convergir no essencial, elaborando e aprovando o ambicioso programa social, económico e político que foi a Constituição da República Portuguesa de 1976, cuja entrada em vigor aconteceu neste dia, há precisamente 45 anos. Uma Constituição que possibilitou uma grande multiplicidade de soluções de Governo e, mais que tudo, uma Constituição que garantiu estabilidade política", sustentou o presidente da Assembleia da República.

O presidente do parlamento defendeu depois que a Lei Fundamental tem sabido resistir à prova do tempo.

"É essa lição, plena de atualidade, e a experiência histórica da Assembleia Constituinte que hoje, num quadro de pandemia, quero e devo recordar, afirmando a importância de todos sermos parte da solução. Representando a diversidade e a pluralidade da sociedade portuguesa, é nossa obrigação honrar o legado dos constituintes, e das treze Legislaturas que se seguiram, ultrapassando bloqueios e traduzindo em lei as soluções para os problemas do país, e para os muitos, e cada vez mais exigentes, desafios com que nos deparamos e que teremos ainda pela frente", declarou o antigo líder do PS.

A primeiras palavras de Ferro Rodrigues foram para se referir à atual situação de estado de emergência em Portugal por causa da covid-19, considerando que agora há um "horizonte de redobrada esperança" com as diferentes vacinas.

"Foi um ano de combate, em que os profissionais de saúde e todos os que permitiram que o país não parasse merecem reconhecimento nacional. Foi um ano com muitas vítimas, até ontem 16.957, que homenageámos nesta Assembleia da República há três dias", observou.

Ferro Rodrigues assinalou ainda a coincidência de hoje se completarem 47 dias desde que Marcelo Rebelo de Sousa foi empossado para um segundo mandato como Presidente da República e de hoje também se comemorarem 47 anos do 25 de Abril de 1974.

"Com a honrosa presença de sua excelência o Presidente da República, 47 dias depois de tomar solenemente posse perante a Assembleia da República, iniciando, assim, o seu segundo mandato. Quarenta e sete é também o número de anos que levamos de liberdade e de democracia", acrescentou.

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