Tribunal de Catânia arquivou o caso do desembarque do navio militar "Gregoretti", em julho de 2019
Matteo Salvini não vai a julgamento por ter bloqueado o desembarque de migrantes a bordo do navio militar "Gregoretti", em julho de 2019.
Na altura ministro do Interior e vice-primeiro-ministro, Salvini aplicou a política de "portos fechados" e impediu que 131 migrantes pudessem desembarcar num porto em Itália. O líder do “Liga”, partido italiano de extrema-direita, foi acusado do crime de "sequestro de pessoas" mas esta sexta-feira o tribunal de Catânia decidiu arquivar o caso.
Matteo Salvini continua envolvido no processo do "Open Arms" e deve ser julgado a partir de 15 de setembro em Palermo. Em Agosto de 2019, Salvini impediu o desembarque de cerca de 150 migrantes salvos pelo navio da ONG espanhola e agora arrisca uma pena de prisão até 15 anos.
À saída do tribunal, e em declarações aos jornalistas, Salvini disse que está calmo e “se não há rapto em Catânia, não vê porque deveria haver em Palermo".
A decisão do tribunal de Catânia acontece numa altura em que Itália está novamente a assistir a um aumento de chegadas de migrantes. Entre 1 de janeiro e 11 de maio, o país viu quase 13 mi pessoas desembarcarem nas ilhas de Lampedusa e Sicília, três vezes mais do que no mesmo período de 2020 e dez vezes mais do que em 2019.